terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal !

Escrito por LUCAS SPLINT

O Natal para os bailarinos se inicia muito antes que o mês de dezembro, começa normalmente no meio do ano, com os ensaios do ballet "O Quebra Nozes', sinalizando que uma data mágica está se aproximando. Mágica não só por as ruas estarem iluminadas, nos fazendo acreditar que horas estamos em terra, horas estamos no céu próximos à uma constelação, mas para muitos por poderem encontrar suas famílias, já que muitos saem de suas casas em busca de seus sonhos.
Embora não tenha flocos de neves caindo em nossas cabeças, e um coral afinado cantarolando, não deixa de ser uma noite especial, pois afinal um abraço dos pais é tão caloroso quanto um parneio com seu partner, em um grande palco com infinitos aplausos ao fundo.
Porém pode ser uma época difícil, uma vez que a mesa está repleta de doces, e comidas com um alto porcentual de gordura e calorias, e até triste para aquelas bailarinas que pretendem começar o ano com um número a menos na balança, mas a felicidade reaparece no momento do "amigo oculto".
Oculto esse, que muitas vezes ao voltar de férias, aquele amigo que torcia por você na coxia, que fechava os colchetes do seu tutu para dar tempo de você terminar o coque, que nos finais de semana esqueciam que eram bailarinas da mesma companhia ou escola, e saiam para distribuir sorrisos, e compartilhar histórias. Amigo esse que no último espetáculo antes das viagens de Natal, deixou uma lágrima cair dos seus olhos e deixou um collant, ou uma malha com você, para que nunca esqueça que por trás de grandes palcos, existem amizades imensas.
A discrição para a entrega do presente sempre é a mesma "O meu amigo oculto faz ballet..." , e o presente é sempre algo relacionado, e por mais que já esteja clichê demais, você iria sentir de ser classificada como magra(o) demais, bailarina (o) e outros adjetivos que te façam lembrar que você escolheu fazer parte do belo.
Não tem melhor presente que poder dançar eternamente, não tem estrela que brilhe mais em cima da árvore que você mesma (o), depois que acreditamos que bonecos quebra nozes se tornam pessoas, e que há fadas, acreditar em papai Noel é o menos impressionante. Dessa forma, eu acredito e vejo, mas ele é bem diferente de como é retratado, pois não usa roupas vermelhas, e um saco grande nas costas, ele mostra o passo, te corrigi, te ensaia e te presenteia com os melhores momentos e ensinamentos.
O Natal é apenas uma noite, que te faz renascer, assim como o menino Jesus, e dura para sempre na sua memória, e ao invés de contar até oito, você conta até doze para poder abraçar quem ama, e sentir amado.

 E com essa linda mensagem que eu lhes desejo um FELIZ NATAL ! 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Prestes a dar à luz, bailarina dança com barrigão: "Vou malhar até o fim"

http://entretenimento.r7.com/moda-e-beleza/fotos/prestes-a-dar-a-luz-bailarina-danca-com-barrigao-vou-malhar-ate-o-fim-19122013#!/foto/1

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

E o preconceito continua...

Fora do tom?

O balé é uma paixão que leva dançarinos a exaustão, exige dedicação, e os coloca à prova ao limite da dor. Mas mesmo assim garotas e garotos enfrentam toda a dificuldade – e o dia a dia passa bem longe daquele mundo cor de rosa com tutu que a gente imagina. Já vimos que existe anorexia – e muitas vezes imposta pelo instrutor – e muita concorrência, como vimos no filme “O Cisne Negro“.
O último abuso cometido contra os bailarinos vem de dentro do estabelecimento “sagrado” do balé, o famoso Bolshoi, em Moscou. A norte-americana Precious Adams, de 18 anos, tem todos os requisitos para se tornar uma bailarina principal, quer dizer, quase todos, já que nas palavras dos professores da principal escola, ela é fora do tom! Quando questionou porque ficou de fora de um balé, mesmo sabendo que é uma das mais dedicadas, ouviu: “Vai esfregar pra tentar tirar esse tom negro”.
Infelizmente vemos que o racismo é muito mais presente em nossas vidas do que imaginamos! E que os casos absurdos que vimos em lojas e com os policiais norte-americanos, não são casos isolados. Eles acontecem todos os dias: nos mais diversos meios, dos mais ignorantes aos mais “educados”.
Mas não ache que Precious abaixou a cabeça e desistiu de seguir o seu sonho. Ela está enfrentando tudo com muita coragem, denunciando o preconceito ao jornal Moscow Times e mostrando ao mundo todo o que acontece sobre as sapatilhas de ponta!
Apesar da notícia estar correndo o mundo em publicações como o Huffington Post, a escola de Bolshoi está colocando panos quentes dizendo que ainda não recebeu a denúncia oficial.


Fotos: Divulgação Precious Adam.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Esquenta !

http://globotv.globo.com/t/programa/v/esquenta-apresenta-companhia-de-bale-russa-o-bolshoi/2946247/

quarta-feira, 6 de novembro de 2013


Os primeiros sintomas do vício, é quando você começa a reparar na dança que é o andar das pessoas, passa saltar poças d'água usando saltos de ballet, que usa todos os objetos como barra, começa a reparar nas pernas que são em "x" e os colos de pés das pessoas na rua. Passa a sentir prazer ao sentir as dores de um alongamento, e fica triste nos dias que não ouve o piano tocar.

sábado, 2 de novembro de 2013

Cambré !

Por Lucas Splint.

Sua perna dói, as bolhas machucam, seu professor grita, a pirueta não sai, o "adágio" é péssimo, o "allegro" é triste, os seus olhos enchem… Mas no momento de fazer o "cambré", você enxerga de cabeça pra baixo a pessoa que te ama, com um olhar de quem tem está achando tudo perfeito, te fazendo sentir a bailarina mais bonita.


Position

domingo, 27 de outubro de 2013

O corpo de baile.



A sincronia dos primeiros bailarinos, solistas e corpo de baile, é essencial para resultar em bom espetáculo.
O corpo de baile é tão importante quanto os primeiros bailarinos, no palco contribui com a beleza e é necessário para construir o enredo da história. Fora dele são eles que animam os demais ao chegarem tristes nos ensaios, os acalmam antes de fazer a primeira variação, ajudam a colocar o "tutu" no “backstage”, são as primeiras pessoas a cederem abraços quando as cortinas fecham, ou quando os primeiros bailarinos não marcam a cabeça na pirueta, para eles não perderem a cabeça depois. Em nenhum lago um cisne conseguiria viver sozinho, em nenhuma companhia um bailarino viveria sem ter amigos.
O corpo de baile são diversos corpos bailando, são diversos artistas com corações que batem em oito tempos, no qual eles deixam de ser bailarinos, para se tornarem uma família.

Bailarinas: Cia Brasileira de Ballet.


 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O brilho de uma pessoa :

Por Lucas Splint:

Certamente você verá bailarinas no corpo de baile com a
perna mais alta, com o alongamento melhor que a primeira
bailarina, vai se perguntar por que ela ocupa um posto tão
importante já que há outras bailarinas "melhores". Mas na
hora de fazer "Odette" é ela que te faz chorar, e você percebe
que a diferença vai além de uma perna alta, de um colo de
pé... Porque ela é artista, dança e não faz ginástica no palco.
É ela que fora dos palcos não se envolve em confusões, fica
nos ensaios extras, onde aquela que você considera
tecnicamente melhor prefere ir à praia aos sábados, ir a
balada na sexta, faltar o ensaio na quinta, ao invés de
ensaiar. Onde sim, poderia ser primeira bailarina, mas o
diretor de uma companhia não enxerga as bailarinas apenas
quando estão de sapatilhas, mas também quando as tiram
dos pés.
Primeira bailarina tem que encantar, tem que ser aquela que
mesmo se estiver no corpo de baile vai se destacar das
demais, sair do ballet, mas não deixar o ballet sair de dentro
dela, ser consciente que a fada que as crianças veem no
palco não pode ser vista depois na rua com um copo de
bebida nas mãos.
Apenas pensar em querer ser primeira bailarina deixa poucas
chances de conseguir, mas se pensar em encantar quando
dança para mil pessoas em um teatro da mesma forma que
dança para uma na praça, pode não só ser primeira bailarina,
mas também ser inspiração para o mundo.
O problema é que as pessoas dão mais importância ao status
do que ao seu bem estar, deixam a alegria de dançar em
segundo plano e são consumidas pela ganância. É triste, pois
além de não ser uma primeira bailarina, aos poucos vai
deixando de ser bailarina, vai parando de se encantar ao
subir no palco, de se emocionar ao ouvir os aplausos...
Uma bailarina do corpo de baile às vezes é muito mais feliz
do que uma grande estrela, pois ela entra no palco e
simplesmente dança. Claro que ela um dia gostaria de ser
uma "Giselle" ou uma "Kitri", mas se ela brilhar na última fila
do segundo elenco o holofote automaticamente vai se
direcionar a ela. E aí, por mais que os holofotes se apaguem,
ela vai continuar brilhando.


 

Artistas do Theatro Municipal fazem manifestação na Cinelândia

Reportagem :
http://m.jb.com.br/cultura/noticias/2013/10/24/artistas-do-theatro-municipal-fazem-manifestacao-na-cinelandia/?fb_action_ids=678543478830015&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%255B166702360205129%255D&action_type_map=%255B%2522og.recommends%2522%255D&action_ref_map=%255B%255D

Vídeo :
https://www.facebook.com/photo.php?v=10151957509409002

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A dor e o corpo.


Todo amanhecer para bailarinos é complicado. O chão que
você não sente ao pisar, as pernas que doem, as bolhas que
perturbam... Seu corpo te dá bom dia estalando.
É uma relação de amor e ódio com a dor. É inevitável não se
viciar nessas dores diárias que fazem questão de te lembrar
sempre que você é bailarino. É um desgaste com sabor de
trabalho.
E nunca vai parar. Tem dia que dói menos, tem dia que dói
mais. Lembrando que me refiro ao corpo, pois se for avaliar o
coração de um bailarino, perceberá que não existem feridas,
porque não se deixa ferir.
Você entrega seu amor ao ballet sem medo, pois tem a
certeza de que ele não te abandonará. Seu coração vai estar
sob o domínio da arte, em troca você receberá algumas
bolhas sim, feridas, lesões; mas prefiro um corpo dolorido a
um coração machucado.
Todos chegam à aula reclamando das dores, às vezes até
choram, mas no fundo sabem que fazem parte da sua
felicidade, sabem que quando um dia não as sentirem mais,
sentirão falta.
E acredito que sem as dores os aplausos não seriam tão
gratificantes, com sonoridade de superação, e com uma
sensação de orgulho, por nunca desistir.
E quando for reclamar da dor, substitua o semblante triste por
um sorriso, porque se você não estivesse com ela, o ballet
não estaria com você.



Escrito por Lucas Splint

domingo, 20 de outubro de 2013

O salto de Don Quixote

O nome deste passo é Sissone.

Primeiro: é necessário ter uma boa flexibilidade; alongar bastante é essencial, afinal de contas isso vai lhe ajudar a saltar e também prevenir possíveis distensões musculares.

Segundo: é preciso treinar bastante o plié na barra e em exercícios do centro. É exatamente o plié que vai fazer com que você salte, pegue impulso. Também é preciso saber "aterrissar", porque se você não cair de uma forma suave, poderá machucar seus joelhos seriamente com o passar do tempo.

Terceiro: outro item indispensável para a execução deste salto é a boa colocação das costas durante o pulo. Como é feio quando uma bailarina confunde ginástica rítmica com ballet. Muita atenção!!! Encaixe seu quadril e não vire tanto a coluna. É muito mais bonito uma bailarina encaixada e com postura correta, do que uma com a perna na cabeça, mas toda torta.

(Fonte: Bailarina de Corpo e Alma | Imagem: Natalia Osipova)

Vamos evoluir Brasil !


Todos os bailarinos brasileiros sonham em dançar fora, em
uma companhia russa, inglesa, americana... São poucos que
querem continuar dançando no país do amarelo e verde. Mas
a culpa não é dos bailarinos, e sim do país. Quem não iria
preferir sempre dançar com a sua família, amigos
conterrâneos, na plateia? Há algo mais injusto do que ser
formado por mestres brasileiros, em uma escola brasileira, e
não poder contribuir para a cultura do país que nasceu?
Existem poucas companhias clássicas não por falta de
competência, mas por falta de patrocínio, por falta de
investimento, de olhares, de esperança.
Será que as autoridades não percebem que brasileiros não
gostam somente de ir a estádios, mas grande parte também
frequenta teatros? Para os bailarinos clássicos ouvirem os
aplausos da idolatrada "pátria amada", muitos tem que
dançar com o estômago vazio, com a preocupação de como
irá pagar as contas, de até quando vai conseguir se sustentar.
Muitos saem de uma cidade pequena para dançar em grandes
cidades, que onde se encontram as grandes companhias
clássicas, companhias estas que são poucas, e que nem
sabem até quando vão sobreviver, não sabem até quando vão
conseguir colocar o brilho nos olhares dos brasileiros.
É uma falta de incentivo revoltante; dói ouvir o salário dos
jogadores de futebol, que não chega nem perto de uma dor de
alongamento. Não é porque não falamos no palco que não
temos vozes; não temos sentimentos e sonhos. Não é porque
não gritamos que não queremos ser ouvidos por alguém que
deixe de achar o ballet algo apenas bonito, e cultural e cultive
algo que faça brotar oportunidades.
Seria muito mais confortável escolher ser médico, advogado,
ou qualquer outra profissão, mas não escolhemos ser
bailarinos, nosso coração escolhe. Não escolhemos passar
dificuldades para realizar um sonho difícil, não ouvimos
"Ballet não dá futuro" dos pais porque é nossa frase
preferida, não choramos depois da aula por dor muscular,
mas porque dói em pensar que o ballet realmente não vai dar
futuro nesse país.
O ballet clássico por si só não é fácil, conseguir se sustentar
dele é mais difícil ainda. Para saltar bem exige técnica, mas
para saltar as dificuldades fora do ballet, é preciso ter força,
vontade e foco. Admiro os grandes nomes brasileiros que
hoje brilham no exterior, que são muitos. Mas me preocupa
cada dia mais, quanto mais eles brilharem lá fora, menos o
ballet clássico no Brasil vai brilhar, e terá cada vez menos
chance de ser notado, e só depende de nós para não ser
apagado. Porque uma nação que vive todos os dias com a
violência em excesso, com o descaso com a saúde e
educação, merece ter momentos de magia e sonho, porque
enquanto nós lutamos e acreditamos na valorização da
dança.
Bailarinos não querem viver de luxo, e ganhar milhões ao
dançar; só querem o suficiente para se sustentar, porque por
mais que o ballet alimente a alma, bailarino tem muita fome,
de comida, de direitos e valorização. O ballet clássico apesar
de ter seus passos em francês, muitos dos que os executam
falam português em nome do Brasil, só falta o Brasil falar em
nosso nome.

Por Lucas Splint
 
 
 

'Sagração da Primavera' estreia no Rio de Janeiro

http://g1.globo.com/videos/rio-de-janeiro/t/todos-os-videos/v/sagracao-da-primavera-estreia-no-rio-de-janeiro/2900698/

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Fouettes

1. Darcey Bussel - Royal Ballet (Le Corsaire)
2. Lucia Lacarra - Bayerische Staatsoper (Le Corsaire)
3. Maria Alexandrova - Bolshoi Ballet (Swan Lake)
4. Alina Cojocaru - Royal Ballet (Don Quixote)
5. Evgenia Obraztsova - Bolshoi (formerly Mariinsky Ballet) (Don Quixote)
6. Natalia Osipova - Bolshoi/Mikhailovsky/American Ballet Theatre (Flames of Paris)
7. Svetlana Zakharova - Bolshoi Ballet (Don Quixote)
8. Polina Semionova - Berlin State Opera (Swan Lake)
9. Marianela Nunez - Royal Ballet (Don Quixote)
10. Gillian Murphy - American Ballet Theatre (Swan Lake)

Paixão :

Todo adolescente tem uma paixão de escola; uma paixão por
cantores, por baladas, seriados e afins. Com Lisa não foi
diferente. Ela se apaixonou, sim, mas se apaixonou tanto que
acabou se tornando um amor. E, diferente das amigas, ela se
apaixonou pelo ballet clássico.
Ela andava nas ruas e pequenas bailarinas que passavam por
ela a faziam pensar que estava indo na contra mão por conta
da idade, mas ela não percebia que ela só teria que virar uma
esquina a mais que elas para chegar ao destino desejado: o
de ser bailarina clássica. E mesmo sabendo que precisaria
percorrer um percurso maior e que encontraria alguns sinais
vermelhos pela frente, ela acelerou e foi em direção ao mundo
das sapatilhas, onde queria estar há tempos, mas que havia
se perdido pelo caminho.
Era convidada para assistir filmes, para sair à noite, para
aniversários, passeios, e embora os programas fossem
diferentes as respostas eram sempre as mesmas "Não posso,
tenho ensaio”. Tornou-se cada vez mais ausente para os
amigos e familiares, mas se tornava mais presente para ela;
estava se encontrando. Embora parecesse sozinha em uma
sala de ballet, na qual fazia questão de ensaiar depois do
horário, ela estava acompanhada do desejo, do sonho, da
identificação e realização.
Lisa não se importava se estava no nível básico, pois ela
sabia que para construir uma carreira ela precisaria
primeiramente de base. Só tinha pressa para uma coisa, a
qual era chegar cedo às aulas; e, uma vez estava dentro sala,
ela não se importava com o tempo. Fazia uma hora de aula
se multiplicar, pois fazia com tanto prazer que parecia que a
esta nunca acabava. Só olhava para o relógio para marcar a
cabeça na pirueta, aí sim ela se preocupava em girar a
cabeça mais rápido que os ponteiros.
Lisa não era alongada, mas não se impressionava com pés na
cabeça. Preferia pôr o coração nos pés, sentir cada
movimento. Sabia que flexibilidade era essencial, mas
passageira. Com o tempo só sobraria o amor pelo ballet.
Quem não o tem, ao envelhecer não terá vestígios em si do
que viveu enquanto tinha sapatilhas nos pés.
Não se sentia diminuída ao lado de bailarinas profissionais;
procurava aprender com estas, que já haviam passado por
tudo o que ela passava. Não importa se mais novas, o fato é
que também tiveram que aprender e um dia já foram alunas
iniciantes, a idade é um detalhe.
Ela trabalhava e pagava suas aulas. Passou a trabalhar com
mais prazer, pois sabia que o dinheiro terminaria em algo que
lhe dava prazer. E que uma hora seria melhor que todas as 23
horas do dia, porque essa uma hora lhe proporcionaria um
sorriso imenso e verdadeiro, denunciando uma felicidade
eterna. O coque que ela fazia com seus cabelos, sempre era
desfeito depois das aulas, mas o importante é que ela sempre
se olhava no espelho e se via com ele.
A saia do ballet ela trocou por todas as de balada. Assim
como posteriormente trocou "baladas" por "bailar", assim
como trocou a adolescência pela eternidade, a bebida por
algo muito mais viciante, no qual ela só ficaria "bêbada"
depois de alguns "fouettés". Mentira, na verdade ela não
trocou nada pelo ballet. Quando nasceu trocou o ballet por
tudo, mas procurou e o achou, e o guardou no corpo e na
alma, onde ninguém o arrancaria dela, nem ela mesma.
Toda história sempre tem um final, feliz ou triste, mas a Lisa é
você, e você que é responsável por ele. Dou todo direito de
mudar algumas partes, desde que não mude o destino, sendo
ele o ballet, para sempre.

Por Lucas Splint.


 

O casamento dos sonhos ...

Thiago Soares e Marianela Nunez troca de votos
Uma cena bonita, romântica All I Am, uma história de amor sobre duas das maiores bailarinas do mundo. Com lançamento previsto para Primavera de 2014.

sábado, 12 de outubro de 2013

Feliz dia das criaças !

Não precisa ter corpo de bailarina para fazer balé.

Precisa ter alma de bai­la­rina!
Essa alma vai levar o seu corpo à forma que ela pre­cisa para se expressar.
Olá! Meu nome é Christine White e, quando fiz 50 anos, decidi me tor­nar bai­la­rina. No iní­cio, tinha ver­go­nha de assu­mir esse desejo até para mim mesma mas, sonho que resiste a 50 anos de outras ten­ta­ti­vas tem, em si, um forte poten­cial para se tor­nar rea­li­dade. É assim que, desde o dia 25 de janeiro de 2012, come­cei a me pre­pa­rar para não só con­se­guir, mas pro­var, publi­ca­mente, que é pos­sí­vel, sim, che­gar a um nível de exce­lên­cia até em ati­vi­da­des tão apa­ren­te­mente com­ple­xas, como o balé – e em qual­quer idade.
Tudo come­çou quando me depa­rei com uma foto em que eu tinha 13 anos. Uma cole­gui­nha da escola, que estu­dava balé no Teatro Municipal de São Paulo, pre­ci­sou de alguém, que fizesse o papel mas­cu­lino na festa de fim de ano. Ela me ensi­nou o que dava, em dois meses, e lá fui eu. Fui e dei­xei uma parte de mim lá, parada, espe­rando a chance de dar o passo seguinte, o que só acon­te­ceu 37 anos depois, em 2012. Quando vi a foto dos 13 anos, per­cebi, ano pas­sado, num acesso de choro, que eu tinha ficado ali durante anos e, em mim, algo ainda espe­rava a chance de se mani­fes­tar: a minha intacta alma de bailarina.
Pensei comigo: é urgente ser feliz. E há um ano e oito meses, venho ten­tando rein­ven­tar o apren­di­zado de balé, bus­cando solu­ções novas para velhas difi­cul­da­des. E por falar em difi­cul­dade, pre­ciso dizer, desde já, que não acre­dito em difi­cul­dade para apren­der, acre­dito em difi­cul­dade para ensi­nar. E que quando você começa aos 50, o que nor­mal­mente se começa aos 5 anos, você pode não dis­por dos mús­cu­los com o vigor que eles já tive­ram um dia, mas há algo em você que ajuda de uma forma ines­pe­ra­da­mente deci­siva: a expe­ri­ên­cia de vida.
É com a força da inte­li­gên­cia que pode­mos com­pen­sar o que nos falta em força física. A todo momento penso em como con­tor­nar as difi­cul­da­des de alcan­çar deter­mi­nado resul­tado no balé, bus­cando uma solu­ção NOVA para che­gar a posi­ções antigas.
O balé existe há 600 anos? Em mais de meio milê­nio, tanto pro­gresso já foi alcan­çado pela huma­ni­dade… Desde a mais moderna tec­no­lo­gia médica — como o PRP que rege­ne­rou a car­ti­la­gem do meu joe­lho, logo de saída (como vou con­tar aqui ao longo da nossa con­vi­vên­cia), até os recen­tes recur­sos da neu­ro­ci­ên­cia, que têm me aju­dado imen­sa­mente a supe­rar, com a mente, algu­mas difi­cul­da­des do treino. E isso, sem falar nas téc­ni­cas de auto­co­nhe­ci­mento cor­po­ral, que aju­dam imen­sa­mente a evi­tar a dor, e foram sendo des­co­ber­tas ao longo dos últi­mos sécu­los, como a Técnica de Alexander e o Pilates.
Vou divi­dir com você, a par­tir de agora, todas as solu­ções que tenho con­se­guido. E vou con­tar como venho tirando pro­veito de tudo o que pode­ria ser con­si­de­rado como des­van­ta­gem. Até da minha bai­xís­sima tole­rân­cia a dor, que me levou a bus­car – e estou encon­trando – na Técnica de Alexander, um meio de subir na tão temida sapa­ti­lha de ponta, sem vio­len­tar o meu corpo. Mas Técnica de Alexander e sapa­ti­lha de ponta, o que uma coisa tem a ver com a outra????? Vou te dizer.
 

Fonte :http://lojaanabotafogo.com.br/

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

. ♥

O enacanto de Giselle !

Todos deveriam aprender ao ver o ballet de repertório "Giselle". Mas não aprender sobre a técnica do ballet clássico, e sim a amar de forma ingênua. A diferença de 1840 para 2013 nota-se não apenas no vestuário, mas também na forma de extrair prazer nas coisas simples, ao dançar, ao amar, amar alguém que não esteja vestido como príncipe, mas que você o veja como príncipe. A vontade que ela tinha de bailar era maior que o medo de morrer, por conta da sua fraqueza no coração. Na verdade todos nós temos o coração frágil, porque morrer por "dentro" ao se deparar diante de uma mentira é tão doloroso quanto morrer por fora. A cena da loucura representa nada menos do que diversas pessoas apaixonadas que enlouquecem depois de acordarem de um sonho; de receber um adeus por sms; de ver a pessoa indo embora pela janela de um ônibus; de sentir o cheio dela no travesseiro e lembrar-se de quando sentia o mesmo cheiro na pele desta; de o "Te amo" se transformar em "oi"; de perceber que não vive mais um conto de fadas. Giselle representa uma garota simples, mas de sentimentos tão nobres, de olhares tão esperançosos... Está ai outra grande diferença, ninguém mais olha para o futuro com olhar de esperança; muito menos para o presente. Ninguém mais acredita que se pode ser feliz, e insistem em ao terminar um relacionamento, falar "Não deu certo". Sendo que se a pessoa arrancou um sorriso de você por vários os dias já deu certo. A eternidade não é sinônima de felicidade. Giselle prefere não acreditar em lendas, em pessoas; ela prefere acreditar no que vê, não no que não existe; prefere viver a sua realidade. Fica deslumbrante ao receber um colar de valor da Batilde, mas não percebe que este brilha menos que o seu olhar; tem menos valor que seus sentimentos. O problema é que ela não olha para dentro de si; prefere reparar que veste um vestido humilde. Mas é só uma garota, nem teve tempo de aprender sobre a vida, nem teve tempo de aprender sobre o amor... Por mais que ela vivesse por anos ela não aprenderia, porque amor não se aprende, se vive. E se fosse verdadeiro ele viveria eternamente. E por mais que o seu sorriso fosse substutuído por lágrimas, ela não deixaria que acontecesse o mesmo com o Albrecht. Ela poderia não ter aprendido, mas teria muito a ensinar para quem assiste. Ballet é uma arte que além de te ensinar a dançar, te ensina a ter outros olhares sobre a vida através dos ballets de repertório. Destacam-se aqueles bailarinos que não se atém apenas ao "en dehors", mas que extraem as lições que a dança oferece para ter uma vida melhor fora da sala de aula. Giselle é meu ballet favorito por ser bonito por diversos aspectos, e por a sua história ser atual. Todo mundo tem uma "Giselle" dentro de si e que acredita em "bem me quer, mal me quer", por mais que se considere moderno.. Por Lucas Splint

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Na TV.


Globo Repórter desta sexta-feira mostra Festival de Dança de Joinville e o Bolshoi

Joinville, seus bailarinos e seu festival estarão no foco do programa, que tem como tema especial a dança em diferentes aspectos


Globo Repórter desta sexta-feira mostra Festival de Dança de Joinville e o Bolshoi Diego Redel/Divulgação
No total, uma equipe de 15 profissionais de Santa Catarina atuou na produção desta edição do Globo Repórter Foto: Diego Redel / Divulgação
Os nomes deles estão na calçada da fama do Festival de Joinville, nos programas das apresentações do Bolshoi Brasil e até na imprensa local. Mas, nesta sexta-feira, serão ouvidos nacionalmente, quando for ao ar o Globo Repórter, às 22h20, pela RBS TV.

Na edição desta sexta-feira, Joinville, seus bailarinos e seu festival estarão no foco do programa, que tem como tema especial a dança em diferentes aspectos. Santa Catarina, transformada em referência na arte pela influência de Joinville, será o centro do especial - e foi também no Estado que a produção ocorreu efetivamente, com a participação dos profissionais da RBS na execução das reportagens.

No primeiro bloco, o Globo Repórter apresentará os benefícios da dança na saúde, com histórias de São Paulo e de Florianópolis. Quando o primeiro intervalo acabar, é hora de Joinville aparecer na tela, com reportagens sobre o Festival de Dança, a vida dos bailarinos e a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil - matérias que ocuparão três dos cinco blocos do programa.

O quinto bloco levará o espectador para Itajaí, mas ainda terá um "pezinho" em Joinville: o Grupo de Dança Millenium, pentacampeão de danças urbanas no Festival, apresentará sua história e de seu coreógrafo, Thurbo Braga.

— É lindo porque é o nome de Joinville que ganhará destaque no Brasil e também fora do País, já que o Globo Repórter é exibido na Globo Internacional. Acho que as pessoas vão se surpreender muito com o tamanho do Festival, porque a maioria não tem dimensão do tamanho dele — avalia a jornalista Renata Seliprim, da RBS TV Joinville, que atuou na produção.

Nos 60 minutos de Globo Repórter, passarão pela tela entrevistas de Mayara Magri e Adhonay Soares, jovens talentos que foram consagrados em Joinville com grandes premiações. As bailarinas Virginia Mazzoco e Rafaela Morel, que foram alunas da Escola Bolshoi, também foram entrevistadas para contar como a passagem por Joinville influenciou no caminho que agora as leva para escolas e companhias na Rússia.

— O mais difícil foi escolher as histórias de bailarinos que conhecemos durante a produção, porque eram muitos jovens merecedores terem suas vidas contadas — afirma Renata.

No total, uma equipe de 15 profissionais de Santa Catarina atuou na produção desta edição do Globo Repórter, que começou a ser gravado em 27 de junho. A ideia surgiu dentro da emissora catarinense, que investiu em equipamentos de áudio e captação de imagens com alto desempenho de som e imagem para dar às reportagens estéticas diferenciadas.

Fonte :  http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/cultura-e-variedades/anexo/noticia/2013/07/globo-reporter-desta-sexta-feira-mostra-festival-de-danca-de-joinville-e-o-bolshoi-4211877.html

Quando se diz adeus ...

Triste não é fazer uma aula ruim, não fazer um ensaio bom, errar na apresentação. Triste é estender a malha ou o collant no varal para secar todas as gotas de suor de anos de dedicação, guardar a sapatilha junto com os sapatos que ficaram fora de moda e você não usa mais, e ir esquecendo aos poucos o som do piano...
Falam que sonhar é de graça, mas na verdade custa caro, ainda mais no país em que vivemos onde dança é vista como hobby, e tudo que envolve a mesma, sapatilhas, collant e afins são de custo alto. E muitos que não conseguem pagar acabam pagando mais caro ainda por não continuarem fazendo o que amam.
E como todos os pássaros quebram as asas param de voar, bailarino quando quebra os pés ou ocorre algum acidente similar, também param de voar.
Mas alma de bailarino é grande demais para ficar presa em um corpo, corpo de bailarino é inquieto demais para ficar em cima de uma cama. O problema é que a dor do machucado nunca vai ser maior que a dor de não ouvir mais os aplausos, a música preferida de todos os artistas, pois é cantada por diversas mãos, e nestas há uma veia ligada ao coração, transmitido toda emoção sentida.
É há muito talento parado pelas esquinas, em clínicas, escritórios. Que para mim, bailarino, só deveria parar para fazer balancé.
E o relógio não conta apenas até oito como todos estão acostumado, ele é até rápido demais, às vezes não dando espaço para arrependimento.
Nunca deixem que seus olhos, os quais foram feitos para refletir os holofotes e o brilho dos tutus, apagarem. Só quando os holofotes do palco apagarem e as cortinas fecharem, mas não quando você fechar a sua cortina e acabar com o seu espetáculo chamado vida, porque ele não tem mais de uma temporada.
— Lucas Splint

quinta-feira, 18 de julho de 2013

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Atenção :
Para aqueles que desejam saber mais sobre o Festival, acesse : http://www.festivaldedanca.com.br/2013/index.php

Atenção : Audição para o Bolshoi !

Audição para a Escola Bolshoi no Festival de Dança

No dia 24 de julho, quarta-feira, a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil realiza audições para os cursos de dança clássica e contemporânea. As inscrições podem ser feitas pela internet ou na recepção da Escola até o dia 23 de julho.

Saiba mais - http://www.escolabolshoi.com.br/bolshoi/Portugues/detInstitucional.php?cod=32

Abertura do Festival de Dança de Joinville.



Ballet Nacional do Uruguai abre Festival de Dança de Joinville

Evento de abertura contou com apresentação de quatro coreografias.
Apresentação trouxe ritmos alegres e mistura de clássico e contemporâneo.

Apresentação Doble Corchea durante abertura do Festival de Dança (Foto: Diego Redel/Festival de Dança de Joinville)Apresentação Doble Corchea durante abertura do Festival de Dança (Foto: Diego Redel/Festival de Dança de Joinville)
 
A Noite de abertura do Festival de Dança de Joinville foi marcada pela apresentação do Ballet Nacional do Uruguai. Sob a direção do coreógrafo Julio Bocca, a companhia trouxe quatro coreografias: Doble Corchea, El Corsário – pas D´Esclave, Without Words, e Sinfonietta. O evento ocorreu na noite desta quarta-feira (17). Segundo Ely Diniz, presidente do Instituto Festival de Dança, participam desta edição do festival mais de seis mil bailarinos, de 22 estados e do Distrito Federal. Durante a abertura o secretário de Turismo, Cultura e Esportes, Roberto Martins, trouxe, segundo ele, a essência do evento e parafraseou o poeta Augusto Branco. "Não é o ritmo nem os passos que fazem a dança, mas a paixão que vai na alma de quem dança".
A moradora de Joinville Raissa Kris Rezini Argus diz ter ficado encantada com a abertura do festival. “Fazia muitos anos que não vinha, mas tenho muito orgulho. Além disso, é bom para a cidade”, diz.
Apresentação da coreografia El Corsário (Foto: Diego Redel/Festival de Dança de Joinville)Apresentação da coreografia El Corsário (Foto: Diego Redel/Festival de Dança de Joinville)

A primeira apresentação, Doble Corchea, é coreografia do venezuelano Vicente Nebrada. O espetáculo é considerado uma interpretação com bastante energia e humor e a música é obra de Benjamin Britten. Já a segunda, que traz coreografia de Marius Petita, é um balé clássico, cujo tema é a fuga de dois amantes.
A terceira apresentação, Without words, traz a dança contemporânea para o palco. A coreografia é do espanhol Nacho Duato e tem como tema a relação entre amor e morte. A música é de Franz Schubert. A última apresentação da noite, Sinfonietta, é a obra mais conhecida do coreógrafo Jiri Kylián e trata sobre o amor entre os seres humanos. A música é de Leos Janácek. A apresentação é considerada por especialistas um clássico da dança moderna.
Já o casal de Blumenau, Jorge de Souza e Aníbia de Souza, consideraram as apresentações muito boas. “Já tinha assistido a outros espetáculos, mas sempre os considerei muito sérios, formais. Achei estes fantásticos, divertidos e alegres”, diz Jorge.


Mais fotos :
http://www.flickr.com/photos/festivaldedanca/sets/72157634693311944/

Fontes :
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/festival-de-danca-joinville/2013/noticia/2013/07/ballet-nacional-do-uruguai-abre-festival-de-danca-de-joinville.html

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O corpo de um bailarino.

Todo amanhecer para bailarinos é complicado. O chão que você não sente ao pisar, as pernas que doem, as bolhas que perturbam... Seu corpo te dá bom dia estalando.
É uma relação de amor e ódio com a dor. É inevitável não se viciar nessas dores diárias que fazem questão de te lembrar sempre que você é bailarino. É um desgaste com sabor de trabalho.
E nunca vai parar. Tem dia que dói menos, tem dia que dói mais. Lembrando que me refiro ao corpo, pois se for avaliar o coração de um bailarino, perceberá que não existem feridas, porque não se deixa ferir.
Você entrega seu amor ao ballet sem medo, pois tem a certeza de que ele não te abandonará. Seu coração vai estar sob o domínio da arte, em troca você receberá algumas bolhas sim, feridas, lesões; mas prefiro um corpo dolorido a um coração machucado.
Todos chegam à aula reclamando das dores, às vezes até choram, mas no fundo sabem que fazem parte da sua felicidade, sabem que quando um dia não as sentirem mais, sentirão falta.
E acredito que sem as dores os aplausos não seriam tão gratificantes, com sonoridade de superação, e com uma sensação de orgulho, por nunca desistir.
E quando for reclamar da dor, substitua o semblante triste por um sorriso, porque se você não estivesse com ela, o ballet não estaria com você.
— Lucas Splint

quinta-feira, 25 de abril de 2013

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25/04/2013 07h26 - Atualizado em 25/04/2013 09h15

Bailarina que perdeu pé no ataque de Boston se recupera em hospital

Adrianne Haslet, de 32 anos, diz que quer voltar a dançar.
Explosões na maratona mataram 3 pessoas e deixaram quase 300 feridas.

Da AP
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A bailarina profissional Adrianne Haslet, de 32 anos, sofreu uma perda que poderia acabar com sua carreira: nas explosões na Maratona de Boston, ela perdeu um dos pés, essenciais para a dança. Entretanto, a mulher, que se recupera em um hospital de reabilitação, diz que quer voltar a dançar, e planeja correr a maratona no próximo ano.
A bailarina Adrianne Haslet perdeu o pé nas explosões durante a maratona de Boston e se recupera em hospital da região (Foto: AP)A bailarina Adrianne Haslet perdeu o pé nas explosões durante a maratona de Boston e se recupera em hospital da região (Foto: AP)
“Eu absolutamente quero dançar de novo e também quero correr a maratona no próximo ano”, afirmou. “Eu vou me arrastar até a linha de chegada, literalmente me arrastar, se isso significar terminar a corrida.”
Adrianne Haslet utiliza andador para voltar para a cama em hospital em Boston (Foto: AP Photo/Bizuayehu Tesfaye)Adrianne Haslet utiliza andador para voltar
para a cama em hospital em Boston (Foto:
AP Photo/Bizuayehu Tesfaye)
As manhãs são a pior parte do dia para Adrianne – às vezes ela se esquece que perdeu o pé. Ela foi atingida pela segunda explosão, enquanto andava com o marido – capitão da Força Área que havia voltado do Afeganistão duas semanas antes – próximo da linha de chegada.
Após a explosão, ela se arrastou até a porta de um restaurante, onde foi arrastada por alguém até uma escada. Seu marido, também ferido, tirou seu cinto para fazer um torniquete na perna dela. Outras pessoas chegaram para ajudar e logo ela foi levada para a área de triagem.
“Eu só gritava – sou uma bailarina, sou uma bailarina, salvem meu pé”, contou.
No dia seguinte ela acordou no hospital e viu sua mãe. “Eu disse: ‘Meu pé parece estar dormente’. E ela respondeu ‘Adrianne, você não tem mais um dos pés’.”
A bailarina espera conseguir começar a usar uma prótese nos próximos dois meses.
Adrianne Haslet durante aula em 2012 (Foto: Arthur Murray/Boston Studio/AP)Adrianne Haslet durante aula em 2012 (Foto: Arthur Murray/Boston Studio/AP)

sexta-feira, 15 de março de 2013

13 anos de Bolshoi.




Como surgiu a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil
A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é a única Escola do Bolshoi fora da Rússia. Seu ideal é o mesmo da Escola Coreográfica de Moscou, criada em 1773: proporcionar formação e cultura por meio do ensino da dança, para que seus alunos tornem-se protagonistas da sociedade.

Joinville foi a cidade escolhida para sediar este projeto de inclusão social para crianças e jovens. Localizada no norte do Estado de Santa Catarina, a inauguração ocorreu em 15 de março de 2000, com o diretor do Teatro Bolshoi Vladimir Vasiliev, o prefeito de Joinville Luiz Henrique da Silveira, além de autoridades, artistas e comunidade. Vladimir Vasiliev e Luiz Henrique da Silveira tornaram-se os patronos fundadores da instituição.

Tudo começou quando em 1995, para que outras nações tivessem oportunidade de conhecer a metodologia aplicada na Rússia, o diretor artístico do Teatro Bolshoi, Alexander Bogatyrev, desenvolveu um projeto que reproduzia as mesmas características da Escola Coreográfica de Moscou.

Em 1996, a Cia. do Teatro Bolshoi realizou uma turnê no Brasil e Joinville foi incluída no programa. O espetáculo ocorreu no 14º Festival de Dança de Joinville. Os russos ficaram impressionados com a receptividade do público e a reverência da cidade diante da arte. Depois disso, o russo Bogatyrev esboça propostas para montar uma unidade da Escola no país, contemplando questões como a aplicação da metodologia, seleção de professores e alunos, estrutura física necessária.

Dois anos depois, o idealizador Bogatyrev faleceu. Mas seu legado era consistente: o esboço do projeto estava concluído e foi apresentado para prefeitos e diretores de instituições de ensino do Brasil. O prefeito de Joinville na época, Luiz Henrique da Silveira, comprometeu-se no desenvolvimento da proposta. No dia 20 de julho de 1999, na abertura do 17º Festival de Dança de Joinville, Alla Mikhalchenko, primeira bailarina do Teatro Bolshoi, assinou o protocolo de intenções com o prefeito.

Entre os fatores decisivos para a escolha de Joinville estava a profunda ligação da cidade com a dança, em função de seu tradicional festival anual. Além disso, o então prefeito empenhou-se pessoalmente nos processos institucionais entre o Brasil e a Rússia e disponibilizou uma área de aproximadamente 6 mil metros quadrados no Centreventos Cau Hansen, para instalação da sede.


À Escola do Bolshoi no Brasil deixo aqui minha admiração e também uma lagrima de emoção por vocês estarem realizando o sonho de tantas crianças que como eu ama esta arte tão maravilhosa que é a Dança.
Cecília Kerche - 17/07/2007
Primeira Bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Que venha mais 13 ! Parabéns !


segunda-feira, 11 de março de 2013

Ballet na nossa vida.


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Ser bailarina...

Ser bailarina é tocar o céu com as pontas dos pés,
Caminhar com as palmas das mãos nas nuvens.
É ter o pé calejado da sapatilha,
Os dedos machucados da ponta.
Ser bailarina(o) é ter o corpo de mola,
É planar no palco a cada salto, encantar a platéia com as piruetas,
É desafiar os jurados.
Ter vocabulário e moda própria,
Contar todas as músicas a partir do 5,
É comer o que não pode e ter medo engordar.
Ser bailarina é ter maquiagem brilhante,
É trocar de roupa sem vergonha no camarim
É ter penteados extravagantes e figurinos deslumbrantes.
Ser bailarina(o) é desejar um segundo a mais na coreografia,
É enfrentar o medo de um solo clássico,
É chorar de alegria, de alívio, de decepção.
Ser bailarina(o) é levar a família inteira ao teatro,
Ouvir a música com a alma, dançar como se estivesse sozinha(o) no quarto.
Ser bailarina(o) é ser muito mais que um ser humano comum,
É ter um toque a mais de divindade em cada passo.
Buscar a perfeição a cada posição,
É viver a vida amando a arte única de dançar como se fosse a primeira vez.


The 2013 Prix de Lausanne


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Mais uma estrela brasileira.

Carla Körbes, a dançarina que faz tempo parar.

RIO - As sapatilhas da gaúcha Carla Körbes já pisaram nos principais palcos da Rússia, do Canadá, do Japão, da Itália e da Grécia. Nos Estados Unidos, onde mora desde os 15 anos de idade, a bailarina de 31 passou pela seleta School of American Ballet, foi solista do New York City Ballet e, hoje, é primeira bailarina do Pacific Northwest Ballet, em Seattle. Como dançarina profissional, porém, Carla nunca foi vista no Brasil.
A julgar pelo destaque que vem tendo no exterior, sua terra natal não deveria esnobá-la: para a revista “Vanity Fair”, que dedicou a ela uma página inteira neste mês, “quando Carla Körbes dança, o tempo para”.
“Carla tem o dom mais raro de todos: a capacidade de transcender o mero brilho e partir nossos corações. Ela é arrebatadoramente bonita, possui técnica em abundância, mas o que especialmente chama a atenção nela é a sua sutileza”, escreveu Damian Woetze na revista. “Imagine uma nota ecoando pelo universo muito tempo depois de o seu som ter começado. Assim é a performance de Carla, que parece não se limitar às leis de tempo e de espaço.”
A melhor aluna
Nascida em Porto Alegre, em uma família de ascendência alemã, a menina de longas madeixas douradas, traços finos e pele alva foi parar em Nova York em 1996, pelas mãos do consagrado bailarino americano Peter Boal, atual diretor artístico do Pacific Northwest Ballet. Na época, ela fazia aulas na escola de dança local, o Ballet Vera Bublitz, que convidava, vez ou outra, estrelas internacionais para se apresentar com as meninas. Coube à adolescente Carla, a melhor aluna do curso, aos 14 anos, fazer um pas de deux com Peter Boal, então primeiro bailarino do New York City Ballet. Boal ficou chocado.
— Foi uma experiência surreal — lembra ele. — O primeiro ensaio já foi quase sem falhas, como se a gente tivesse ensaiado durante semanas. Aquilo me marcou. Compartilhamos as mesmas ideias sobre a música, os movimentos, as expressões... Ela era natural. Às vezes, ser um ótimo bailarino também envolve ser uma ótima pessoa e, mesmo a Carla sendo muito nova, era possível perceber sua inteligência, sua generosidade e seu cuidado com a dança.
Boal convenceu os pais de Carla de que ela precisava fazer imediatamente o teste para entrar na rigorosa School of American Ballet (SAB), celeiro de alguns dos melhores bailarinos clássicos do mundo, do qual ele fez parte. Carla passou na primeira tentativa e, aos 15 anos, mudou-se para os alojamentos da escola em pleno Lincoln Center, em Nova York.
Carla não falava uma palavra de inglês. Viu-se sozinha, em um país diferente, tendo que frequentar, além das oito horas diárias de aulas de balé, outras quatro em um colégio especializado em jovens artistas, para terminar o então Segundo Grau. Lá, foi da mesma sala de nomes como a atriz Julia Stiles e o então menino prodígio — e rebelde — Macaulay Culkin.
— Eu dormia na aula de tão cansada. Simplesmente não conseguia — confessa a brasileira, em entrevista por telefone, de Seattle. — As pessoas normais, que é como chamo todo mundo que não dança nesse nível, podiam sair em dias de semana, beber, dormir tarde. Eu nunca pude e nem quis fazer isso. Preciso estar com meu corpo ativo todos os dias.
Com a vida social comprometida (apesar de ter tido um namorado americano durante oito anos), persistência e obstinação foram alguns dos traços de sua personalidade mais importantes naquele momento. Apoiada por sua paixão pela dança, ela conseguiu se destacar entre as milhares de meninas da School of American Ballet. Já no primeiro período, ganhou dois dos três papéis principais nos espetáculos de fim de ano — feito que ela conta com um risinho orgulhoso.
Mesmo tendo rompido os ligamentos do peito do pé direito no ano seguinte e ficado seis meses de muletas após passar por duas cirurgias, Carla recebeu, no fim do curso, o Mae. L. Wien Award, premiação que consagra as melhores bailarinas que já passaram pela escola. A honraria foi seu passaporte para o corpo de baile do New York City Ballet, para onde se mudou em 2000.
— Lembro-me exatamente do dia em que Carla chegou à escola — conta Susy Pilarre, professora há 27 anos da SAB e que acolheu a bailarina como sua pupila. — Ela tem o que não pode ser ensinado. Nasceu com um dom. Tivemos muita sorte em tê-la aqui. Fico impressionada ao vê-la dançar. Hoje apenas me sento no teatro e a aprecio.
O ingresso em uma das companhias mais respeitadas do mundo trouxe a Carla uma sensação comum à maioria dos dançarinos que saem da zona de conforto e migram a um novo patamar de referência: a saudade de ser a melhor.
— Era como se eu tivesse voltado à estaca zero. Você está acostumada a estar no alto e, de repente, é a pior. Foi um período difícil. Dançava das 10h às 23h, com apresentações de terça a domingo, sempre sob muita pressão. E as aulas não são mais obrigatórias, você tem que estar sempre highly motivated, disposta — recorda Carla, misturando inglês com português. — As cobranças são mais ríspidas, com um tom áspero, dizendo que você está gorda. Alguns professores simplesmente diziam que não gostavam da minha perna. O que eu podia fazer? Passei por muitos ups and downs...
Apesar de ter sido promovida a solista em 2005, Carla preferiu pedir emprego a Peter Boal quando soube que ele assumira a direção artística do Pacific Northwest Ballet.
— No Pacific, tenho a oportunidade de dançar todos os papéis que tinha vontade e que sabia que não me dariam no New York City Ballet naquele momento. Bailarina tem carreira curta, e eu quero dançar até sentir meu corpo dizer que não consigo mais fazer isso no nível em que gostaria.
Enquanto isso não acontece, um desejo segue pendente:
— Adoraria dançar no Brasil, mas não conheço ninguém do (Teatro) Municipal, por exemplo... Se alguém me ligasse, eu iria — admite Carla, sem pedir emprego, lembrando que sua agenda está cheia pelos próximos dois anos.
 

Reportagem :  http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/videos/t/edicoes/v/brasileira-se-torna-a-estrela-de-uma-das-principais-companhias-de-bale-dos-eua/2427932/
 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Triste notícia :

http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/v/diretor-artistico-do-bolshoi-e-atacado-com-acido-em-moscou/2353035/