sexta-feira, 22 de novembro de 2013

E o preconceito continua...

Fora do tom?

O balé é uma paixão que leva dançarinos a exaustão, exige dedicação, e os coloca à prova ao limite da dor. Mas mesmo assim garotas e garotos enfrentam toda a dificuldade – e o dia a dia passa bem longe daquele mundo cor de rosa com tutu que a gente imagina. Já vimos que existe anorexia – e muitas vezes imposta pelo instrutor – e muita concorrência, como vimos no filme “O Cisne Negro“.
O último abuso cometido contra os bailarinos vem de dentro do estabelecimento “sagrado” do balé, o famoso Bolshoi, em Moscou. A norte-americana Precious Adams, de 18 anos, tem todos os requisitos para se tornar uma bailarina principal, quer dizer, quase todos, já que nas palavras dos professores da principal escola, ela é fora do tom! Quando questionou porque ficou de fora de um balé, mesmo sabendo que é uma das mais dedicadas, ouviu: “Vai esfregar pra tentar tirar esse tom negro”.
Infelizmente vemos que o racismo é muito mais presente em nossas vidas do que imaginamos! E que os casos absurdos que vimos em lojas e com os policiais norte-americanos, não são casos isolados. Eles acontecem todos os dias: nos mais diversos meios, dos mais ignorantes aos mais “educados”.
Mas não ache que Precious abaixou a cabeça e desistiu de seguir o seu sonho. Ela está enfrentando tudo com muita coragem, denunciando o preconceito ao jornal Moscow Times e mostrando ao mundo todo o que acontece sobre as sapatilhas de ponta!
Apesar da notícia estar correndo o mundo em publicações como o Huffington Post, a escola de Bolshoi está colocando panos quentes dizendo que ainda não recebeu a denúncia oficial.


Fotos: Divulgação Precious Adam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário