sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Especial : Ballet Urbano !













Pas de Deus


Jamais esquecerei
os braços de Ana.
Soltos no ar
numa sensual simetria
de serpentes
ateavam fogo no palco
incendiando a música e a dança
invertebradamente.
Seus pés
igualmente inesquecíveis
vestidos de pássaros azuis
desafiavam a gravidade
dos linóleos.
Neste céu de sapatilhas
que sobreovoam meus olhos
minhalma bailarina
aos seus encantos se rendeu:
aquela dança não era apenas
um majestoso pas de deux
mas um etéreo e eterno
pas de Deus.
(Carlos Dimuro, no livro Ana Botafogo - Na ponta dos pés)

A Bailarina


Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina

Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé

Não conhece nem mi nem fá
mas inclina o corpo para cá e para lá

Não conhece nem lá nem si
mas fecha os olhos e sorri
 
Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.
(Cecília Meireles)

Atitudes de uma bailarina...

...você usa longos corredores para treinar grand jeté.
...você tem mais sapatilhas de ponta do que sapatos normais.
...alguns te confunde
m com um pedaço de borracha.
...em vez de dedos você tem bolhas nos pés.
...você sobe na meia ponta quando conversa com seus amigos.
...você se senta na abertura confortavelmente.
...a dança é a vida, o resto é apenas um passatempo.
...piruetas e fouetté são as palavras principais de seu vocabulário.
...você conhece mais palavras em francês do que em inglês.
...vocês só consegue contar ate oito.
...você ri quando alguém que não dança reclama que o pe esta doendo.
...assistir TV é a hora de se alongar.
...você promete nunca parar de dançar.
...você atravessa um corredor dançando, ao invés de andar.
...todos os seus amigos estão jantando enquanto você esta ensaiando.
...você faz pliés e tendus enquanto esta na fila.
...você faz grand jete nos estacionamentos e quando desce a rua.
...você tem os músculos mais fortes do que os meninos do seu colégio.
...você usa breu em vez de sabão.
...antes de qualquer coisa você conta 5 ,6, 7 e 8.
...você escova os dentes treinando sustentamento devant, la second e deriere.

. ♥


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A melhor ...


Bailarina de 22 anos anseia por protagonizar “Lago dos Cisnes"

Balé Kirov, um dos mais tradicionais do mundo, está em turnê pelo Brasil até setembro

Rafael Bergamaschi, iG São Paulo | 24/08/2011 09:19

Foto: Amana Salles/Fotoarena Ampliar
O balé Kirov está no Brasil para uma série de apresentações em São Paulo, Rio e Belo Horizonte
Com 22 anos de idade, a bailarina Oksana Skoryk pouco tem tido tempo para pensar em sair com os amigos ou namorar – no próximo dia 27, em São Paulo, ela estreia como protagonista do balé “Lago dos Cisnes”. Prestes a interpretar o papel mais importante da carreira até então, Oksana diz que o mais difícil é encarar um público com o qual não está acostumada. “Eu conheço o povo russo, a cultura de lá, então já sei como agir para mostrar minhas qualidades, aqui (no Brasil) é tudo novo”.

Foto: Reprodução Ampliar
Oksana: "Comecei muito cedo e me apaixonei"
Oksana faz parte do Kirov Ballet, grupo russo fundado em São Petersburgo no século 18, que, por onde passa, leva a fama dos séculos de tradição. A companhia está no Brasil para uma série de apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, mas a bailarina conta que ainda não teve tempo de conhecer o país. “Sinto que os brasileiros são muito soltos, têm mais liberdade que os russos, mal posso esperar para conhecer melhor a cidade (de São Paulo)”, conta.
Leia também: "Não imaginava que o Brasil gostasse tanto de balé", diz diretor do Kirov


O mais difícil é conseguir um tempinho livre: a rotina de treinamentos é intensa. Segundo o diretor Yuri Fateiv, mesmo em dias de espetáculo, os bailarinos treinam por cerca de seis horas diárias. “Quando viajamos, a maior parte do tempo é gasta nos ensaios mesmo”, explica.
A estreia da peça nesta temporada pelo país foi na última terça-feira (23), em São Paulo, e, durante o ensaio geral que aconteceu pela tarde, era possível perceber a seriedade com que os bailarinos levam o treinamento. Aos gritos de um instrutor de dança, todos treinam desde passos básicos até as coreografias mais complexas. Quem erra, claro, leva bronca.
Oksana, no entanto, garante não se intimidar: “Comecei muito cedo e me apaixonei pela arte, então não tive dificuldades para me acostumar com a rigidez dos treinamentos ou com o desconforto da sapatilha."
Incentivada pela mãe, a ucraniana começou a ter aulas desde os cinco anos de idade e, quando terminou o colégio, já não tinha dúvidas quanto a qual profissão seguir. “Sabia que queria ser bailarina, então comecei a ter aulas (na escola de dança, Perm, em São Petersburgo) para poder seguir a carreira profissionalmente”, conta.

Foto: Amana Salles/Fotoarena
Companhia russa vem ao país pela quarta vez


Perguntada sobre qual seria a maior dificuldade em ser uma bailarina, Oksana não titubeia: “passo quase todo o meu tempo praticando, então acabo ficando somente entre as minhas amigas do balé, pessoas que já conheço. Isso acaba me isolando um pouco da sociedade”.
Se a imagem que consta no imaginário popular é de discussões e disputas ferrenhas pelo papel principal, a bailarina garante que na realidade não é bem assim. “Competição existe, mas ela é saudável para melhorar o desempenho de cada uma."
A opinião é corroborada por Ekaterina Kondaurova, russa de 29 anos que é a bailarina principal da companhia. “Todo mundo trabalha para conseguir atingir uma meta, sem rivalidade não há como crescer profissionalmente”, discorre. Nos outros dias de apresentação, Ekaterina é a protagonista.

Foto: Amana Salles/Fotoarena Ampliar
"Somos nós mesmas que regulamos o que comemos", explica Ekaterina Kondaurova
Ambas também concordam quando o assunto é dieta. “Não seguimos nenhuma dieta específica, somos nós mesmas que regulamos o que comemos”, diz Ekaterina. “Eu mesma acabei adotando uma alimentação balanceada, apenas quando estou no período de férias me permito deixar de seguir meus parâmetros”, completa Oksana que, mesmo tendo 1,73m de altura e pesando 49 quilos, não escapa da mania feminina por magreza. “Bem que eu gostaria de perder uns quilinhos”, diz aos sorrisos.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

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A ilustre visita do Kirov no Brasil...

Tradicional companhia de balé da Rússia apresenta turnê pelo país

Kirov começa apresentação em São Paulo e depois passa pelo Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Companhia está de volta ao país com a coreografia “O Lago dos Cisnes”.

Depois de dez anos, o Kirov, a mais tradicional companhia de balé da Rússia, está de volta ao Brasil com a coreografia "O Lago dos Cisnes".
A turnê começou nesta terça-feira (23) em São Paulo e vai passar por Belo Horizonte e Rio de Janeiro -- onde haverá uma apresentação de graça ao ar livre. Antes da estreia, Christiane Pelajo foi conhecer os bastidores do espetáculo.
A rotina deles é dura. Todos os dias fazem tudo igual. Uma, duas, três, dez, 20 vezes. Ensaiam dez horas por dia. Sete dias da semana. Normalmente, só têm uma folga por mês. Tudo isso pra chegar à perfeição.
Os bailarinos do Kirov desafiam os limites do próprio corpo, mas será que o corpo deles tem limite?
Às vezes, parece que os bailarinos não têm ossos. São 273 anos de história. A companhia foi criada em 1738.
A imperatriz da Rússia, na época, queria fundar uma escola de dança. Convidou o mestre francês Jean-Baptiste Landé para ir à Rússia com esta missão. O curioso é que ela queria uma escola de dança para os empregados do palácio. Ou seja, a mais famosa companhia de balé  do mundo nasceu para os plebeus.
Por seus palcos passaram os mais geniais bailarinos que o mundo já viu: Anna Pavlova, Rudolf Nureyev, Mikhail Baryshnikov.
Hoje é um dia especial, dia de estreia. Depois de 10 anos, o balé Kirov volta ao Brasil para uma série de apresentações. Dessa vez vieram cem bailarinos. Ekaterina Kondaurova faz parte deste grupo. É dela o principal personagem feminino.
Ekaterina confessa que não tem um só dia que acorde sem dor. Mas diz que gosta porque só assim se sente viva.
Sacrifício, dedicação, renúncia. A dança é tudo na vida dela. Pés bonitos no local não se veem. Não há um que resista, mas ele são tratados com tanto carinho.
A equipe do Jornal da Globo conseguiu entrar nos bastidores do balé Kirov, na coxia do Teatro Municipal de São Paulo. No palco, o corpo de baile do Kirov, fazia a primeira apresentação junto com a orquestra, que é brasileira. É uma espécie de ensaio geral. O espetáculo que o público vai ver é 'O Lago dos Cisnes'.
Apresentações:
Theatro Municipal de São Paulo
23 de agosto - 3ª feira - Lago dos Cisnes
24 de agosto - 4ª feira - Lago dos Cisnes
25 de agosto - 5ª feira- Lago dos Cisnes
26 de agosto - 6ª feira- Gala
27de agosto - sábado- Lago dos Cisnes
28 de agosto - domingo - Lago dos Cisnes
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
31 de agosto - 4ª feira- Lago dos Cisnes
1º de setembro - 5ª feira- Lago dos Cisnes
2 de setembro - 6ª feira- Lago dos Cisnes
3 de setembro - sábado - Lago dos Cisnes
4 de setembro - domingo - Lago dos Cisnes           
5 de setembro - 2ª feira- Gala
Palácio das Artes (Belo Horizonte)
8 de setembro - 5ª feira- Lago dos Cisnes
9 de setembro - 6ª feira- Lago dos Cisnes
10 de setembro - sábado - Lago dos Cisnes

 

sábado, 20 de agosto de 2011

Para relembrar ...

Sandy cantando " Ciranda da Bailarina " de Chico Buarque e Edu Lobo no Criança Esperança, 2009, com participação da bailarina Ana Botafogo:


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

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Dicionário :

 Encontrei um dicionario de ballet e decide coloca-lo para que não tenhamos mais duvidas :

 Posições e Passos :
-Demi-plié (pronuncia-se "demipliê"): Pode ser feito em todas as posições de pés. Os joelhos são flexionados até o máximo que a pessoa conseguir, desde que acompanhe a linha dos pés, sem tirar os calcanhares do chão. Serve para dar impulso aos saltos e a outros passos.

-Tendu (pronuncia-se "tandi"): Uma das pernas fica esticada à frente, ao lado ou atrás do corpo. As duas permanecem viradas para fora, e os ossos dos quadris ficam sempre em linha com os ombros

-Arabesque: Uma perna esticada atrás do corpo. A outra perna, pode estar esticada ou não. Os ombros e os quadris devem estar virados para frente.
Passé (pronuncia-se "passê")
O pé passa pela perna que está como apoio até chegar à altura do joelho. Forma a posição de um número "quatro” no ar. As duas pernas permanecem viradas para fora.

-Attitude (pronuncia-se "atitide"): Uma das pernas fica no ar, ligeiramente dobrada, e a outra fica como apoio. As pernas devem ficar viradas para fora (a coxa da perna que está no ar fica levantada, com o joelho apontando para o lado).

-Pirueta: Pode ser feita em várias posições, como no "passé", "arabesque"e "attitude". A perna de apoio deve estar firme para que o giro saia no lugar. Os braços e a cabeça ajudam a dar o impulso.

-Sissone: É um Salto em que as duas pernas ficam abertas no ar, enquanto o corpo se desloca na direção desejada. O impulso sai do "demi-plié", e as duas pernas saem do chão ao mesmo tempo. Pode ser feito para frente ("en avant"), para trás ("en arrière") ou para o lado ("à la second").

As Principais Posições dos Pés

Em todas as posições, os pés ficam para fora (posição "en dehors"), o que depende de as coxas e os joelhos estarem virados. Esta abertura parte do quadril.



-Primeira Posição
Com os calcanhares juntos, os pés ficam abertos um para cada lado, em linha reta. Os joelhos seguem a linha dos dedos dos pés.

-Segunda Posição
Partindo da primeira posição os pés ficam afastados entre si por uma distância aproximada de um pé.

-Terceira Posição
Com os pés virados para fora, o bailarino coloca um pé na frente do outro, unindo-os. O calcanhar do pé da frente fica na metade do pé de trás.

-Quarta Posição
Com os pés cruzados e afastados, um pé fica na frente do outro. Imagina-se que há um pé em posição natural entre eles.

-Quinta Posição
Como na terceira posição, os pés ficam unidos uma na frente do outro. O calcanhar de um pé toca os dedos do outro pé.

As Principais Posições dos Braços

Existem outras posições de braços, que partem das posições descritas aqui. Seus nomes variam de acordo com os métodos usados hoje são de origem inglesa, russa e cubana.



-Primeira Posição
"Braços abaixados". Como se estivesse segurando uma melancia, as mãos ficam próximas uma da outra e quase tocam as pernas

-Posição Preparatória
Os braços e as mãos ficam na altura do estômago, arredondados, como se segurasse uma grande melancia. Os cotovelos ficam virados para fora.

-Segunda Posição
Os braços ficam ao lado do corpo, levemente arredondados. As mãos acompanham a linha dos braços.

-Quinta Posição
Os braços ficam arredondados, ligeiramente à frente da cabeça.

A

ADÁGIO - Derivado do italiano – lentamente.


a) qualquer dança ou combinação de passos feitos para a música lenta;
b) série de exercícios efetuados durante a aula com o fito de desenvolver a graça, o equilíbrio e o senso de harmonia e beleza das linhas;
c) parte dos pas de deux clássicos dançados pela bailarina e seu partner. Chamado pelos franceses de Adage.

ALLEGRO - Palavra italiana derivada do latim Alecer (vivaz).

a) qualquer dança ou combinação de passos feito para uma música de tempo rápido ou moderado;
b) parte da aula que segue o Adágio;
c) todos os passos rápidos, como saltos, bateria etc., em balé, são parte do Allegro.

APLOMB - Aprumo. Dá-se o nome de Aplomb à elegância e ao controle perfeito do corpo e dos pés, conseguido pelo bailarino ao executar o movimento.

ARABESQUE - Arabesco. Palavra originária do árabe significando ornamento.
Posição na qual o peso do corpo é sustentado numa só perna, enquanto a outra se encontra esticada para trás, geralmente no ar e com os braços dispostos de maneira harmoniosa.
Esta posição apresenta variações tais como:
1.. o pé que sustenta o corpo pode estar totalmente apoiado no chão, na meia ponta, ou na ponta;
2.. a perna que sustenta a pose pode estar ou não flexionada;
3.. a posição do corpo pode estar alongada (allongée), ou inclinada (penchée);
4.. também os braços sofrem alterações, sendo eles que determinam as qualificações dos arabesques.

B

BALANCÉ- ou Pas de Valse - Balanceado. É um passo balanceado em ritmo de valsa. O bailarino dá um passo ao lado com uma perna, trazendo a outra para trás desta, com o joelho meio dobrado e a meia ponta no chão; em seguida, transfere o peso do corpo para a perna de trás e logo em seguida para a da frente, sem mudar a posição de ambas.
Pode ser feito também cruzando-se a perna em frente ou dando-se o passo para frente ou para trás, em vez de ao lado.

BALLET - Balé. Derivado do italiano ballare (bailar). É um conjunto de passos de dança executados em solo ou em grupo. Balé reúne, na sua maioria, várias artes, tais como música, pintura (cenários e figurinos), arte dramática (mímica e interpretação), com a dança na sua forma clássìca ou moderna.

BASQUE, PAS DE- Passo de basco. Passo cujo nome indica sua origem. Foi introduzido no balé clássico por Maria Camargo (1 710-1770). Pode ser glissé (deslizado) ou sauté (saltado), en avant (para frente), ou en arrière (para trás).

BATTEMENT – Batida, pancada. Termo genérico designando certos exercícios e movimentos da perna e do pé, executados sob a forma de batidas. Basicamente, em balé, o termo battement significa a extensão total ou parcial da perna e do pé e seu retorno à posição inicial.

BATTU – Batido, golpeado. Este termo, ainda que relacionado a qualquer passo, mantém-se inalterado, significando apenas que o bailarino bate as pernas durante a sua execução. Por exemplo, um assemblé battue é um assemblé comum, porém com uma batida das pernas no ar.

BOURRÉE, PAS DE – Bourrée é o nome de uma dança folclórica das províncias de Auvergne e Berri. Sua conexão com os pas de bourrée do balé clássico é obscura, tendo sido introduzido com certa estilização, por alguns coreógrafos contemporâneos. É um passo de locomoção em geral com três movimentos das pernas, feitos em qualquer direção.

C

CHAT, PAS DE – Passo de gato. Passo em que o bailarino, começando de 5a posição, levanta a perna de trás num retiré, estando em demi-plié na perna de sustentação, pula lateralmente sobre a perna levantada, ao mesmo tempo em que levanta a outra em retiré e fecha 5a no demi-plié. O pas de chat italiano é feito com as duas pernas dobradas no ar ao mesmo tempo.

CONTRETEMPS - Contratempo. Passo composto de um coupé chassé, temps levé, chassé passé. 5a posição, direita em frente; coupé com a perna esquerda, chassé en avant com a direita, um temps levé sobre a perna direita, com a esquerda atrás em arabesque, e um chassé passé com a esquerda terminando em 4a allongée, com o peso sobre a perna esquerda em demi-plié e a direita atrás em degagé a terre.

COREÓGRAFO - Do grego Khoros (danÇa) e grapho (escrita), designa a pessoa que cria um balé; os passos e danças que, em seqüência, formam um balé. No princípio do século XVIII, este termo significava "anotador de dança"; como em geral era este quem também criava os passos do balé, a palavra passou a cobrir ambas as atividades. Quando desapareceu a arte de escrever os balés, o termo coreógrafo passou a significar apenas "criador de balé".

COREOGRAFIA - Termo usado no século XVlll para designar a arte de "anotação de danças" e que agora significa "seqüência de passos e movimentos que compõem um balé".

COTÉ, DE - Ao lado. Não é um passo; este termo, quando adicionado a qualquer passo ou exercício, significa que este deve ser executado ao lado.

CROISÉ - Cruzado. Uma das oito direções do corpo do bailarino em relação ao palco e ao espaço circundante.

CROIX, EN - Em cruz. Fazer qualquer exercício en croix significa executá-lo em frente, ao lado, atrás e de novo ao lado.

D

DANSEUR NOBLE - Bailarino nobre. Nome em geral usado para designar a primeira figura masculina de um balé, o herói romântico, como o tenor numa ópera.

DANSEUR, DANSEUSE - Bailarino, bailarina.

DANSE DE CARACTERE - Dança folclórica ou a caráter.

DEBOULÉS - Rolar. Pequenos tours, em geral feitos em séries, em que o bailarino executa pequenas voltas, transferindo o peso do corpo de uma perna para outra. O mesmo que CHAINÉS.

DEDANS, EN - Para dentro. Indica que: (a) o movimento da perna é feito numa direção circular de trás para frente; (b) uma pirueta é executada girando para o lado da perna de sustentação.

DEGAGÈ- Afastado. Posição em que o bailarino se encontra sobre uma perna, com a outra afastada, ponta esticada, em frente, ao lado ou atrás. 0 degagé pode ser à terre, com a ponta tocando o chão, ou en I'air, com a perna levantada a meia ou grande altura.

DEHORS, EN - Para fora. Indica que: (a) o movimento da perna é feito em direção circular da frente para trás; (b) uma pirueta é executada girando-se para o lado da perna que levanta do chão.

DEMI - Meio, metade. Qualquer posição ou passo efetuado de maneira pequena ou pela metade.

DEMI POINTE - Meia ponta, ou seja, sobre a sola dos dedos dos pés.

DERRIÈRE - Atrás. Qualquer passo, exercício ou posição executados atrás, isto é, com a perna fazendo o movimento atrás da outra ou então fechando atrás.

DESSOUS - Embaixo. Qualquer passo executado com a perna de ação passando atrás da outra.

DESSUS - Em cima. Qualquer passo que quando executado, a perna que comanda a ação passa na frente da outra.

DEUX, PAS DE - Passo de dois (ou passo a dois). Uma dança para duas pessoas. Grand pas de deux, nome dado nos balés clássicos para os pas de deux feitos pela primeira bailarina e pelo primeiro bailarino, destinado a mostrar sua virtuosidade, e em geral consistindo de entrada, adágio, variação para a bailarina, variação para o bailarino, concluindo com uma Coda.

DEVANT - Em frente. Termo relacionado a qualquer passo ou exercício que é executado em frente, isto é, com a perna fazendo o movimento em frente da outra, ou então fechando na frente.

E

ECARTÉ - Separado. Uma posição do corpo, oblíqua para o público, na qual o braço e a perna estão estendidos no mesmo plano vertical e diagonal como o resto do corpo. As outras posições do corpo são en face, croisé, ouvert (ou effacé).

ELEVATlON - Elevação. A altura dos saltos do bailarino. Termo aplicado a todos os movimentos aéreos, isto é, feitos no ar, com pequenos ou grandes saltos.

ENCHAINEMENT - Encadeamento. Qualquer combinação de vários passos numa aula é um enchainement.

EN FACE - De frente. Uma das direções do corpo, quando o bailarino está bem de frente para o público.

ENTRECHAT – Termo provavelmente originado do italiano cabriola intrecciata, ou seja, cabriola cruzada. Um salto no ar de 5a posição em que o bailarino , no ar, cruza as pernas uma, duas ou três vezes.


F

FOUETTÉ - Do termo francês fouetté (chicote). Devido à grande diversidade dos vários passos, tanto da barra, de adágio e de allegro, denominados fouettés, é todo movimento seco (chicoteado) executado pela perna, ou pela perna e corpo, quando este faz um movimento, virando para o lado contrário da perna.


J

JETÉS – Jogados. Passo de allegro. São diferentes tipos de saltos. Pode ser petit jeté, jeté ordinaire, grand jeté, grand jeté en avant, grand jeté en tournant, jeté passé, jetés battement, jetés elancés e, na escola russa, ainda o jeté fermé.


M

MÁITRE-DE-BALLET, MAITRESSE-DU-BALLET OU CHEFE DO BALÉ - É o responsável, junto ao coreógrafo, por manter e remontar, quando necessário, a obra, respeitando sua autenticidade, qualidade técnica e artística. O maitre-de-ballet também dá aulas à companhia cuidando da unidade de trabalho e estilo que estão sob a sua responsabilidade.

MANÉGE - Picadeiro, indica a forma em que o bailarino executa os tours, quando estes são feitos ao redor do palco, como se circundasse um picadeiro imaginário.

MARCHÉ, PAS - Passo marchado ou andado. Um passo comum, feito com o pé esticado, colocando-se primeiro no chão a meia ponta e em seguida o calcanhar.


P

PAS - Passo. Um único movimento de perna, quando no ato de andar ou dançar.

PIROUETTE – Pirueta. Uma volta inteira do corpo executada sobre uma perna (na ponta ou meia ponta), enquanto a outra está dobrada, com o pé em frente ao joelho da perna de sustentação. Quando a volta é feita para o lado da perna que levanta, a pirueta é en dehors; quando a volta é para o lado da perna de sustentação, a pirueta é en dedans.

PLIÉ - Dobrado. Flexão dos joelhos. Um exercício que compõe quase todos os outros da barra.

PORT DE BRAS - Movimento dos braços.

PROFESSOR (A) - É aquele que ensina em diferentes níveis aos alunos a técnica da dança, desde seus princípios básicos até o nível profissional, dependendo de sua capacidade.

PROMENADE - Passeio, uma volta lenta dada sobre um pé (toda a planta no chão ou na ponta, neste último caso com a ajuda de um bailarino), enquanto a outra perna está numa dada posição (arabesque, por exemplo). Devem-se tomar como eixo os dedos do pé, enquanto o calcanhar vai executando uma volta completa em torno dele (o eixo).


Q

QUATRE, PAS DE - Passo de quatro. Uma dança para quatro pessoas. Numa coreografia pode haver solos até para dez pessoas, homens e mulheres. Depois desta quantidade já é considerado Corpo de Baile.


R

REPETITÉUR (ENSAIADOR)
É o assistente do maitre-de-ballet, ensaia as diversas partes da obra, variações, solos, grupos, corpo de balé e é também professor categorizado.


T

TOUR - Volta. O mesmo que pirueta. Em geral as grandes piruetas são mais comumente chamadas tours. Exemplo, pirueta en attitude ou tour en attitude. Também as que são feitas em séries, como o tour piqué.

TOUR EN L'AIR - Volta no ar. Em geral, passo para o bailarino homem. Saindo de 5a posição (ou qualquer outra, em geral 2a ou 5a) no demi-plié, o bailarino dá um salto para cima com as pernas bem juntas ao mesmo tempo em que vira uma ou mais voltas no ar com o corpo.

TOURNANT, EN - Virando. Adicional aos passos que podem ser feitos com uma volta do corpo. Como, por exemplo, o assemblé soutenu, que pode ser simples (sem a volta) ou en tournant.

TROIS, PAS DE - Passo de três pessoas. Variação de dança feita por três bailarinos, em geral duas moças e um rapaz.


V

VALSE, PAS DE - Passo de valsa. O mesmo que balancé.

The Lesson - A Lição

A lição (francês: La Leçon) é uma peça de um ato de Eugène Ionesco. Foi realizada pela primeira vez em 1951 em uma produção dirigida por Marcel Cuvelier (que também interpretou o Professor). Claude Mansard desempenhado a empregada doméstica e Rosette Zuchelli jogou o aluno em que a produção. Desde 1957 ele tem sido na produção permanente no Théâtre de Paris de la Huchette, em um projeto de lei de duplo Ionesco com The Bald Soprano . A peça tem sido considerada como uma obra importante do que alguns críticos chamaram de "Teatro do Absurdo".
O jogo tem lugar na sala de jantar e escritório de um pequeno apartamento francês. O Professor, um homem idoso de cerca de 50 a 60, está esperando um aluno novo (18 anos). O terceiro personagem é empregada doméstica do professor, uma stout, a mulher com o rosto vermelho de cerca de 40 a 50, que está sempre se preocupando com a saúde do professor. Como a aula progride, o Professor cresce mais e mais zangado com (o que ele percebe como) a ignorância do aluno eo aluno se torna mais e mais calmo e manso. No clímax da peça, o aluno é assassinado pelo Professor, após um longo ataque de non sequitur (que são freqüentemente usados ​​em peças de Ionesco). A peça termina como um novo aluno é recebido pela empregada.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Não há melhor ...

                                              Mikhail baryshnikov  no filme White Nigthy
                                                  Don Quixote American Ballet

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

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O último salto de Nijinski


Considerado um dos maiores bailarinos de seu tempo, viveu a dança desde muito cedo, pois era filho de bailarinos poloneses, que se apresentavam em teatros e circos. Dançando nas apresentações de seus pais, atuou desde o quatro anos de idade.
Após seu pai ter abandonado a família, mudou-se com sua mãe para São Petersburgo, na Rússia. Com dez anos de idade, iniciou seus estudos em dança na escola de balé do Teatro Imperial. Aos dezoito anos foi o par da bailarina Anna Pavlova. No ano seguinte, em 1909, viajou para Paris com a companhia de balé de Sergei Diaghilev, na qual obteve reconhecimento internacional.

Deus da dança

Para os críticos, Nijinski era dotado de uma técnica extraordinária. Por isso, foi chamado por muitos como o deus da dança, a oitava maravilha do mundo e o Vestris do Norte (referência ao bailarino francês Auguste Vestris, junto ao qual seria sepultado, no cemitério de Montmartre, em Paris). Nijinski revolucionou o balé no início do século XX, conciliando sua técnica com um poder de sedução da platéia. Seus saltos desafiavam a lei da gravidade.
Com coreografias de Fokine, dançou: Silfides, Petrushka, Sherazade, Espectro da Rosa entre outros. Como coreógrafo, Nijinski era considerado ousado e original, sendo atribuído a ele o início da dança moderna. Uma de suas coreografias mais polêmicas foi L'Aprés-Midi d'un Faune, com música de Debussy, vaiada em sua estréia, em 1912. Outras muito conhecidas foram A Sagração da Primavera e Till Eulenspiegel.

Da paixão à loucura

O relacionamento com Diaghilev ficou bastante abalado quando Nijinski se apaixonou pela bailarinaRomola de Pulszkie se casou com ela, em 1913, em Buenos Aires. Por uns tempos, foi afastado do grupo, voltando a fazer parte da companhia em 1916, nos Estados Unidos.
Em 1919, aos 29 anos, acometido por distúrbio mental (esquizofrenia), abandonou os palcos. A esquizofenia do bailarino caracterizava-se, sobretudo pela desordem de pensamento. Essa marca é bastante evidente em trechos de seus diários: "Tenho uma copeira seca, porque sente. Ela pensa muito, porque foi dessecada no outro lugar onde ela serviu por muito tempo". Seu impressionante diário, escrito em 1919, foi publicado por Romola de Pulszki em 1936. Entretanto, nessa versão, Romola eliminou um terço dos textos originais, suprimindo todos os versos e vários trechos com passagens eróticas.
Nijinski passou por inúmeras clínicas psiquiátricas até completar os 60 anos, onde teve a inesperavel visita de Akemi Yamamoto, fotografo famoso na época, e que registrou a foto mais famosa de Nijinski.
Morreu em uma clínica em Londres, em 8 de abril de 1950. Somente em 1995 uma edição integral dos originais de seu diário foi publicada na França, pela editora Actes Sud, graças ao consentimento da filha de Nijinski, Tamara.


Foto tirada quando Nikinski estava internado; tirada por Akemi Yamamoto 

sábado, 13 de agosto de 2011

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Projetos de dança e música se unem em um único espetáculo ao ar livre

Grupo Dança e Magia e Orquestra Juvenil de Barra Mansa apresentam espetáculo com temas de filme e música popular.

Para levar a dança ao alcance de todos, nada melhor do que se apresentar ao ar livre. Há dois anos, nessas apresentações, os bailarinos do projeto “Dança e Magia” têm parceiros diferentes. São os músicos da Orquestra Juvenil de Barra Mansa, no Rio de Janeiro.
 "Os alunos estão tendo a oportunidade de experimentar as artes integradas, dança e música junto, ao vivo, fazendo essa mistura boa”, diz Rafael Queiroz, regente da orquestra.”O grande desafio é eles tocarem pensando no passo. Para as crianças que estão dançando, é ter o entendimento da música”. Para os alunos de dança, a experiência também é muito especial. “O grupo de dança e a orquestra viram um só, um conjunto e isso traz a harmonia toda”, diz o Bruno de Paiva Campos, de 17 anos.
A orquestra pegou temas de filme e música popular para o repertório. “E as professoras do Dança e Magia montaram uma coreografia exclusiva”, conta o regente.
 

Dança e Magia
O projeto “Dança e Magia” ensina balé clássico para crianças a partir dos 6 anos, matriculadas na rede pública de ensino. “A missão principal é educar através da dança. A dança vai gerar toda a estrutura de uma pessoa porque ela é disciplinadora, faz a pessoa ficar mais feliz porque quem dança é mais feliz mesmo”, conta a diretora artística Bete Spinelli.
Duas vezes por semana, Franciele e Eliene saem de casa antes das 7 horas da manhã para chegar à aula de balé, mas o caminho até lá é demorado. “Tenho que ir até a Nova Dutra a pé e depois pegar um ônibus”. O motivo de tanto esforço é a busca por um grande sonho: ser bailarina.
“Se ela quer ser mesmo uma bailarina, tem que se esforçar porque, no meu tempo, se tivesse isso, pode ter certeza que eu seria bem melhor do que sou hoje. Se ela quer mesmo, ela se esforça que vai conseguir”, diz a mãe da menina, a atendente Eliene Brito Damasceno.
As aulas são acompanhadas por mães e pais atentos. “Atendemos 300 crianças, mas a gente sabe que não são só as 300 crianças. Atendemos 300 famílias e modificamos a comunidade onde eles estão”, afirma a coordenadora administrativa Tereza Mendes. Segundo Tereza, o projeto modifica a relação dos pais com os filhos. “Esse é um dos nossos objetivos: trazer os pais para perto do projeto, participando do nosso dia a dia e dando opiniões”.
Phelipe Alves foi uma das crianças atendidas que mudou de vida. Ele começou a dançar aos 12 anos. Há um ano, conheceu o Dança e Magia. “Quando comecei, nem sabia o que era balé. Só que os meus professores foram dizendo que eu tinha linhas bonitas para o balé e levava jeito”, conta. Hoje, além de aluno, também é monitor.
“Trabalho coordenação motora, musicalidade e também ensino um pouco de história da arte”, conta a professora e coreógrafa Rosane Dias. Ela explica que a companhia é formada por alunos do projeto avançado que se transformou em ballet de câmara.

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Variation Esmeralda .♥


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Danço ...


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A primeira de muitas ...

Como eu já tinha postado aqui no blog eu antrei para um grupo de dança de minha cidade e nesta semana começamos a ensaiar a colegrafia Valsa das Horas, do repertorio de Coppelia.
Estou adorando, é uma oportunidade unica e alem de falar da sensação de fazer parte de um grupo de dança.
Bom é isso, e a minha dica é que se vocês tiverem a chance de fazer parte de um grupo lutem o tanto que poderem para conseguirem.
Esta é a minha dança :

terça-feira, 9 de agosto de 2011

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Pas de deux


Willis


Fica a dica :


 E a minha dica de hoje são estes livros :

*Adeus China ( Li Cunxin)
*Uma Vida para Dança ( Marcia Haydée)
*Na Magia do Palco ( Ana Botafogo)
*Na ponta dos pés ( Ana Botafogo)
*Ballet ( Dallal achcar)
*História da dança ( Maribel Portinari)
*Espaço e Corpo ( Ivaldo Bertazzo)
*Memórias ( Isadora Duncan)
*Os móveis da bailarina ( Antonio Olinto)
*Dicionário de Ballet ( Madaleine Rosay)

Tudo tem a sua história ...

O brilho de um balé não depende só dos dançarinos, da música, dos cenários. Figurinos elaborados realçam a beleza dos artistas e caracterizam os personagens. São fundamentais para a magia do espetáculo. O que o público não sabe é que até numa das companhias de balé mais famosas do mundo, o American Ballet Theatre, as roupas são reutilizadas e muitas estão velhas e remendadas.
A roupa da rainha das Willis, um dos principais papéis do balé Gisele, tem mais de 20 anos. Já foi usada por um número incontável de bailarinas. Está toda remendada e manchada e nas costas, presilhas mostram que ela foi adaptada mais de cinco vezes para bailarinas de tamanhos diferentes.
O chefe do guarda roupa, Bruce Horowitz, é responsável por manter as roupas em uso. Ele garante que o público nunca repara nas manchas e remendos das roupas antigas. A distância e a luz do palco criam a ilusão de que a roupa é nova, mas os fãs do balé criaram um novo fundo de doações para renovar o guarda roupa.
Aí, um novo vestido da rainha das Willis, estreado nesta temporada. A gaze brilha mais, branca como neve. O público e os bailarinos agradecem. Para manter as roupas limpas, elas são sempre lavadas, às vezes entre dois espetáculos no mesmo dia.
Bruce inventou um secador portátil que não destrói os tecidos delicados. Os tutus das bailarinas são secados e guardados de cabeça para baixo, para manter a forma. Para os jovens bailarinos, é emocionante usar roupas que já vestiram grandes nomes do passado, como Natalia Makarova e Mikhail Baryshnikov.
Bruce escreve os nomes de cada artista que usou a roupa na etiqueta. Um traje foi usado por Kevin Mckenzie, hoje diretor do balé, e agora veste o brasileiro Marcelo Gomes. “Você sente uma tradição com uma roupa dessa. Você botar uma roupa como do meu diretor que é o Kevin Mckenzie e eu falo pra ele eu estou com a sua roupa, antes de pisar no palco, realmente é uma emoção muito grande. Você sente ao mesmo tempo que a roupa conhece o balé. "
Marcelo, que faz par com a argentina Paloma Herrera em Gisele, ganhou roupa nova, feita só para ele. “O meu nome está naquela roupa e talvez quando eu sair da companhia uma outra pessoa vai ver e sentir a mesma emoção que eu sinto agora dançando numa roupa de Julio Bocca, Baryshnikov, Kevin Mckenzie, e isso é muito importante, ter aquele título na roupa, e você sente que realmente tem uma história. "

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pas de Quatre .


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Carmen . ♥


Primeiro Ato :



Numa praça em Sevilha. A casa dos guardas. Em frente da praça situa-se uma fábrica de tabaco. Morales e outros soldados na praça divertem-se observando as pessoas que passam e cantam « Sur la place chacun passe ». Micaëla, uma bela moça entra à procura de Don José. Morales informa que Don José não está naquela esquadra, mas que virá com à próxima companhia de guarda. Entretanto os soldados ficariam encantados se ela ficasse à espera passando o tempo com eles divertindo-se, Micaëla resiste ao convite dizendo que virá mais tarde. Com a mudança dos guardas, Zuniga e Don José chegam acompanhados por um grupo de crianças em marcha que os imita satiricamente. Morales sem demora conta à Don José sobre a visita da bela moça. Don José dá-se conta que só pode ser Micaëla.
O tenente Zunigar recém chegado na cidade está particularmente interessado nas moças que trabalham na fabrica de tabaco, e pergunta à Don José se as moças são bonitas. Don José que não gosta tanto das mulheres da Andalucia responde dizendo que ele não dá nenhuma atenção às moças. Nisso toca o sino da fábrica e as moças dos cigarros aparecem na praça para o intervalo do almoço, onde todos os homens excluindo Don José as apreciam. As moças cantam que o amor dos homens é como o fumo dos cigarros delas. Subitamente os homens dizem: mas não vimos a Carmencita! Finalmente a fascinante moça cigana Carmen aparece, e deixa claro a todos que ela não está para ser apreciada pelos homens da praça. Carmen excita a multidão dos admiradores, canta o amor, e diz que o amor é imprevisível e não obedece nenhuma lei; é como um pássaro rebelde. (Habanera « L’amour est un oiseau rebelle »), depois do canto ela concentra atenção ao único homem da multidão que não lhe prestou nenhuma atenção: Don José. Com um gesto provocativo ela lança uma rosa vermelha para Don José. « Quelle effronterie ». Don José sente-se chateado e excitado ao mesmo tempo. Micaëla entra. Don José rapidamente esconde a flor na sua túnica. Micaëla vira-se e entrega-lhe para além de dinheiro uma carta e um beijinho por parte da mãe. Na carta, recebida através de Micaëla, que é órfã e foi criada pela mãe de Don José, ele lê que a mãe pede para ele voltar para o campo e casar-se com a Micaëla.
Don José decide concordar com a mãe dizendo que fará tudo o que ela desejar, que voltará para casa e casará com Micaëla, acreditando assim que o estranho encanto que teve por Carmen terá passado.
De repente há uma briga dentro da fabrica de tabaco. Zuniga manda Don José ver o que se passa. Carmen lutou com uma moça feriu-lhe na cara com uma faca. Zuniga pergunta a cigana se ela fez esse acto. Muita segura de si Carmen não responde e põe-se a cantarolar baixinho. Ela recusa-se a responder as interrogações de Zuniga. Este dá ordem à Don José para que lhe amarre as mãos e leve-a à prisão.
Enquanto Zuniga ausenta-se no interior da barraca para escrever a condenação, Carmen e Don José ficam sós. Ela seduz Don José e convida para irem divertir-se na barraca do amigo Lillas Pastias « Seguidilla – Prés de rampar de Seville». Assim diz a Don José para fazer de conta que vai atar fortemente as mãos dela, ao irem à prisão ela vai empurrar-lhe e ele deixa-se cair e assim ela fugirá. Don José atraído por Carmen obedece. Don José é preso quando se descobre que Carmem escapou.


Segundo Ato

Na taverna de Lillas Patias. Fora da cidade: é noite. Carmen com as amigas, Frasquita e Mercedés, estão a distrair a gente da cidade; os ciganos dançam ao canto da Carmen. Pastia quer fechar sua taverna pois é tarde, Zuniga tenta sem sucesso falar com as moças para irem ao teatro com ele, Carmen soube que Don José que esteve preso por sua culpa quando descobriram que ele deixo-a fugir, acabou de sair da prisão. As pessoas ouvem tiros e gritos do lado de fora, elogiando o famoso toireador Escamillo. Ao entrar na taverna Escamillo descreve-se como um bom toireador cantando o famoso canto do toireador. Sente-se logo atraído por Carmen. Mas ela não o encoraja mas ele diz que vai esperar e ter fé. A multidão acompanha-o enquanto ele sai pois ele deixa Carmen com as suas duas amigas e os dois contrabandistas El Dancairo e o El Remendado.
Os contrabandistas fazem a lista de tarefa das três moças na nova aventura que estão planeando. Frasquita e Mercedés estão ansiosas, mas Carmen diz que não pode participar porque está apaixonada. Os homens tentam convencer-lhe que seu namorado se junte ao grupo. Quando ouvem Don José que se aproxima cantando eles saem. Carmen expressa a alegria de ver-lo a dançar para ele. Quando de longe soa uma trompeta, Don José diz que deve partir para o quartel. Ela fica furiosa a acusa Don José não ter nenhum amor por ela, e provoca uma tensão entre os dois. Don José pega na flor escondida na sua túnica e diz que ele guardou aquela flor desde o primeiro dia que se encontraram. Carmen pede uma prova incondicional de seu amor: pede a Don José para fugir o serviço militar para viverem a mesma vida com ela e os amigos. Ele sente-se mal com essa sugestão apesar de gostar dela, e finalmente decide não abandonar o serviço militar. Zuniga entra, pois tinha prometido a Carmen que voltaria, pensando encontra-la só. Com ares de desprezo para com o seu subordinado Don José, ele fica incontrolavelmente raivoso ao encontra-los juntos, e provoca Don José. Don José tira a sua baioneta contra o seu superior. Os ciganos e os contrabandistas, convocados por Carmen, separam a briga, desarmam o oficial nervoso e o acompanham até à porta com uma certa cortesia irónica. Don José nessas condições não tem outra alternativa senão fugir do serviço militar, viver em perigo com os contrabandistas, e uma liberdade fora da lei.


Terceiro Ato:

Um lugar selvagem dos ciganos nas montanhas. O campo dos ciganos e contrabandistas, fica num lugar rodeado de rochas. Os contrabandistas vem de todos os cantos carregando mercadoria para o contrabando. Eles descansam depois duma longa caminhada em direcção a Sevilha. Don José está com muito remorso por ter desonrado o seu uniforme de soldado e a sua mãe, e pensa com nostalgia na mãe que vive numa aldeia perto do lugar onde se encontram. Carmen faz troça dele. Ela mostra que está cansada dele, mas ele ainda faz ciúmes por ela. Mecedés e Frasquita lêem o futuro nas cartas. Alegria e amor para uma, e um casamento lucrativo porém com viuvez precoce para outra. Carmen junta-se às duas. « Voyons, que j’esseie à mon tour…En vain éviter les réponses amères » tenta ler sua sorte. Não importa quantas vezes lê as cartas elas dizem a mesma coisa, morte para ela, e em seguida Don José.
Os contrabandistas identificaram os guardas aduaneiros da rampa de Sevilha. Carmen, Frasquita e Mercedés sabem qual é a acção delas. El Dancaïro chama as três moças pois precisam delas para distrair os guardas oficiais. Ele dá ordens a Don José para ficar de guarda no campo. Micaëla aparece, a procura de Don José. Antes de Don José se aperceber da presença da Micëla ele dispara com uma espingarda contra alguém que se aproxima do campo. Micaëla esconde-se. Escamillo aparece. Ele diz a Don José que vem ao encontro da Carmen, pois ouviu dizer que ela está cansada do actual namorado. Don José revela que o tal namorado é ele mesmo, assim põem-se a lutar. Os contrabandistas voltam e separam a luta. Escamilho convida todo o grupo para assistir a batalha dos toireadores de Sevilha onde ele vai ser o protagonista. Eles descobrem a presença da Micëla escondida num canto. Ela diz a Don José que a mãe está morrendo, ele deve partir para ver a mãe, obrigado a deixar Carmen, concorda partir para ver a mãe, mas, promete a Carmen que voltará. Escamillo, convenceu-se que o romance com a Carmen está conquistado com a partida de Don José, assim sai do campo cantando a distância a sua canção do toireador vencedor.


Quarto Ato 
Fora do prédio em Sevillha. A cena é colorida, com muitas actividades festivas, com muitos gritos dos vendedores das ruas. Os toureiros entram entusiasmados e são acolhidos com gritos e assobios da multidão. Escamillo entra com Carmen esplendidamente vestida de braços dados. Ele deixa Carmen fora e vai ao ringue. Frasquita e Mercedés dizem a Carmen que viram Don José no meio da multidão. Carmen diz que não tem medo dele. Don José aparece e confronta-se com Carmen, e mais uma vez declara o amor dele por ela e tenta convencê-la a fugir com ele. Ela recusa, e diz que a história do amor deles são águas passadas. Quando gritos e assobios se ouvem da arena, Carmen tira o anel que Don José ofereceu e atira com desdenho para o chão. Cheio de ciúmes Don José tira uma faca do bolso e esfaqueia Carmen até a morte, no mesmo momento em que Escamillo está sendo felicitado por sua vitória. Quando os amigos da Carmen aparem no lugar do drama Don José grita: fui eu quem a matou, podem-me prender, matei a minha Carmen adorada.