Bailarina de 22 anos anseia por protagonizar “Lago dos Cisnes"
Balé Kirov, um dos mais tradicionais do mundo, está em turnê pelo Brasil até setembro
Foto: Amana Salles/Fotoarena Ampliar
O balé Kirov está no Brasil para uma série de apresentações em São Paulo, Rio e Belo Horizonte
Oksana faz parte do Kirov Ballet, grupo russo fundado em São Petersburgo no século 18, que, por onde passa, leva a fama dos séculos de tradição. A companhia está no Brasil para uma série de apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, mas a bailarina conta que ainda não teve tempo de conhecer o país. “Sinto que os brasileiros são muito soltos, têm mais liberdade que os russos, mal posso esperar para conhecer melhor a cidade (de São Paulo)”, conta.
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O mais difícil é conseguir um tempinho livre: a rotina de treinamentos é intensa. Segundo o diretor Yuri Fateiv, mesmo em dias de espetáculo, os bailarinos treinam por cerca de seis horas diárias. “Quando viajamos, a maior parte do tempo é gasta nos ensaios mesmo”, explica.
A estreia da peça nesta temporada pelo país foi na última terça-feira (23), em São Paulo, e, durante o ensaio geral que aconteceu pela tarde, era possível perceber a seriedade com que os bailarinos levam o treinamento. Aos gritos de um instrutor de dança, todos treinam desde passos básicos até as coreografias mais complexas. Quem erra, claro, leva bronca.
Oksana, no entanto, garante não se intimidar: “Comecei muito cedo e me apaixonei pela arte, então não tive dificuldades para me acostumar com a rigidez dos treinamentos ou com o desconforto da sapatilha."
Incentivada pela mãe, a ucraniana começou a ter aulas desde os cinco anos de idade e, quando terminou o colégio, já não tinha dúvidas quanto a qual profissão seguir. “Sabia que queria ser bailarina, então comecei a ter aulas (na escola de dança, Perm, em São Petersburgo) para poder seguir a carreira profissionalmente”, conta.
Foto: Amana Salles/Fotoarena
Companhia russa vem ao país pela quarta vez
Se a imagem que consta no imaginário popular é de discussões e disputas ferrenhas pelo papel principal, a bailarina garante que na realidade não é bem assim. “Competição existe, mas ela é saudável para melhorar o desempenho de cada uma."
A opinião é corroborada por Ekaterina Kondaurova, russa de 29 anos que é a bailarina principal da companhia. “Todo mundo trabalha para conseguir atingir uma meta, sem rivalidade não há como crescer profissionalmente”, discorre. Nos outros dias de apresentação, Ekaterina é a protagonista.
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"Somos nós mesmas que regulamos o que comemos", explica Ekaterina Kondaurova
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