Projetos de dança e música se unem em um único espetáculo ao ar livre
Grupo Dança e Magia e Orquestra Juvenil de Barra Mansa apresentam espetáculo com temas de filme e música popular.
Para levar a dança ao alcance de todos, nada melhor do que se apresentar ao ar livre. Há dois anos, nessas apresentações, os bailarinos do projeto “Dança e Magia” têm parceiros diferentes. São os músicos da Orquestra Juvenil de Barra Mansa, no Rio de Janeiro.
"Os alunos estão tendo a oportunidade de experimentar as artes integradas, dança e música junto, ao vivo, fazendo essa mistura boa”, diz Rafael Queiroz, regente da orquestra.”O grande desafio é eles tocarem pensando no passo. Para as crianças que estão dançando, é ter o entendimento da música”. Para os alunos de dança, a experiência também é muito especial. “O grupo de dança e a orquestra viram um só, um conjunto e isso traz a harmonia toda”, diz o Bruno de Paiva Campos, de 17 anos.
A orquestra pegou temas de filme e música popular para o repertório. “E as professoras do Dança e Magia montaram uma coreografia exclusiva”, conta o regente.Dança e Magia
O projeto “Dança e Magia” ensina balé clássico para crianças a partir dos 6 anos, matriculadas na rede pública de ensino. “A missão principal é educar através da dança. A dança vai gerar toda a estrutura de uma pessoa porque ela é disciplinadora, faz a pessoa ficar mais feliz porque quem dança é mais feliz mesmo”, conta a diretora artística Bete Spinelli.
Duas vezes por semana, Franciele e Eliene saem de casa antes das 7 horas da manhã para chegar à aula de balé, mas o caminho até lá é demorado. “Tenho que ir até a Nova Dutra a pé e depois pegar um ônibus”. O motivo de tanto esforço é a busca por um grande sonho: ser bailarina.
“Se ela quer ser mesmo uma bailarina, tem que se esforçar porque, no meu tempo, se tivesse isso, pode ter certeza que eu seria bem melhor do que sou hoje. Se ela quer mesmo, ela se esforça que vai conseguir”, diz a mãe da menina, a atendente Eliene Brito Damasceno.
As aulas são acompanhadas por mães e pais atentos. “Atendemos 300 crianças, mas a gente sabe que não são só as 300 crianças. Atendemos 300 famílias e modificamos a comunidade onde eles estão”, afirma a coordenadora administrativa Tereza Mendes. Segundo Tereza, o projeto modifica a relação dos pais com os filhos. “Esse é um dos nossos objetivos: trazer os pais para perto do projeto, participando do nosso dia a dia e dando opiniões”.
Phelipe Alves foi uma das crianças atendidas que mudou de vida. Ele começou a dançar aos 12 anos. Há um ano, conheceu o Dança e Magia. “Quando comecei, nem sabia o que era balé. Só que os meus professores foram dizendo que eu tinha linhas bonitas para o balé e levava jeito”, conta. Hoje, além de aluno, também é monitor.
“Trabalho coordenação motora, musicalidade e também ensino um pouco de história da arte”, conta a professora e coreógrafa Rosane Dias. Ela explica que a companhia é formada por alunos do projeto avançado que se transformou em ballet de câmara.
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